Erros comuns com a eletricidade em casa causam grandes acidentes

Confira dicas e atenções que precisam ser seguidas para oferecer segurança nos lares

A energia elétrica é essencial para o dia a dia das famílias. Ficar sem esse recurso, mesmo que por minutos, impacta diretamente nas atividades, seja no entretenimento, nas tarefas domésticas, trabalho ou nos estudos. Porém, é preciso ficar alerta a alguns cuidados, pois as instalações elétricas não podem ser negligenciadas e algumas atenções são necessárias para evitar acidentes.

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade – ABRACOPEL, no 1º semestre do ano passado, revelou que grande parte dos acidentes com choques elétricos ocorreram nas residências. A pesquisa apontou 133 acidentes e 116 mortes nos lares brasileiros nos primeiros seis meses de 2021. Em 2020, foram 127, ao todo; e, em 2019, 138. Idosos e crianças foram as principais vítimas desses acidentes.

O improviso e a falta de cuidado são os principais vilões, mas o que parece fácil e muitas vezes é desprezado, pode ocasionar sérios danos à saúde e à vida das pessoas. Os choques elétricos oferecem riscos à frequência cardíaca, ao sistema nervoso, queimaduras ou até mesmo levar a óbito.

Nonato Martins, engenheiro elétrico e professor do curso de Engenharia Elétrica da faculdade Facimp Wyden, explica que em muitas residências, é comum ter fios soltos, com emendas e isolados com qualquer tipo de material – até com sacos plásticos. “A característica de invisibilidade torna a eletricidade perigosa. Muitas vezes o risco elétrico é desprezado e observamos instalações feitas de qualquer forma, fora dos padrões técnicos observados pelas normas da ABNT, com materiais improvisados. Esta situação pode provocar acidentes graves e incêndios”.

Os maiores causadores de acidentes com energia elétrica, segundo o mesmo estudo da ABRACOPEL, são os fios partidos e expostos, eletrodomésticos, cercas elétricas, tomadas e extensões sobrecarregadas, carregadores de celulares e varais energizados.

O professor da Facimp Wyden alerta a população para alguns sinais perigosos que podem indicar um curto-circuito, como o cheiro de queimado por perto, tomadas com o aspecto desgastado, escurecido ou sujas de fuligem, as frequentes quedas de energia sem motivos pertinentes na casa ou em cômodos específicos e, para a sobrecarga elétrica, ocasionando o desarmamento do disjuntor e a queima do fusível.

Dicas e demais cuidados

Algumas ações são importantes para manter a segurança no ambiente familiar, do trabalho, escola, entre outros. Nonato elenca os principais:

– Use protetores nas tomadas que não estão sendo utilizadas, isto evita que crianças tenham contato direto;

– Evite o uso permanente de benjamins, extensões e T’s. É indicado nesses casos a instalação de novas tomadas ou filtros de linha;

– Não utilize fios elétricos descascados ou estragados. Choques e incêndios podem ser causados através de curtos-circuitos e faíscas;

– Desligue os disjuntores e a chave geral quando for trocar as lâmpadas e não toque na parte metálica do objeto;

– Mantenha os aparelhos eletrônicos longe de áreas molhadas;

– Ao instalar uma antena externa, mantenha-a distante da rede elétrica.

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