A Inteligência Emocional (IE) é um tema cada vez mais discutido e abordado, principalmente depois da popularização do livro “Inteligência Emocional”, publicado em 1986, pelo psicólogo americano Daniel Goleman. A gestora educacional e 1ª vice-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Maranhão (Sinepe-MA), Ana Lília Figueiredo Teles de Menezes, ajuda a entender a relação essencial entre as instituições de ensino e a temática, que segundo ela, durante muito tempo foi um aspecto não priorizado pela escola.
Ana Lília aponta que a IE é um dos requisitos indispensáveis à saúde emocional e o controle das emoções, abrangendo o desenvolvimento de habilidades intrapessoais, como o autoconhecimento, controle e automotivação e, interpessoais, através do reconhecimento das emoções e relacionamentos com os outros.
Como trabalhar a IE nas escolas?
A gestora educacional considera que a inteligência emocional é indispensável a uma vida saudável, entendendo como fundamental as escolas oferecerem, em seu currículo, uma disciplina que aborde e desenvolva essa habilidade.
“Entendemos a necessidade de trabalharmos a educação emocional desde as crianças no ciclo inicial, na Educação Infantil. É preciso ensiná-las a reconhecer seus sentimentos, quanto às reações, às vezes instintivas, colocá-las sob controle e reagir adequadamente, com assertividade sem magoar a si, comuns nas situações quando internalizamos as ofensas, sem reagir, ou ao colega, quando reagimos com agressividade”, aponta Ana Lília.
A 1ª vice-presidente do Sinepe-MA, diz que o papel da escola, hoje, nesse aspecto, é propiciar aprendizagem para que os alunos reconheçam suas emoções e as tenham sob seu controle, com condições de decidirem o que fazer com o que sentem. “Não devemos ficar à mercê do que sentimos, pois, podemos ser levados a uma ação com resultado desconfortável”.
“Quanto mais cedo se aprender a como lidar com as emoções, menos dificuldades teremos, a exemplo do que se vivencia hoje, diante de uma adolescência emocionalmente frágil, vulnerável as frustrações, com alto índice de ansiedade, depressão, automutilação e até suicídio”, comenta, Ana Lília, que acrescenta a importância da escola, que deve oferecer aos alunos um desenvolvimento integral, que os capacitem à auto satisfação e à convivência saudável em qualquer grupo social a que pertençam.
Hoje, inclusive, existem vários programas educacionais que unem forças junto às escolas, ajudando a desenvolver o aprendizado, não só da inteligência emocional, como de diversas outras habilidades emocionais relacionadas ao convívio e sociedade.