Agência Assembleia
No programa “Pautas Femininas” desta segunda-feira (6), a entrevistada foi a enfermeira Heloísa Lima, membro da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital Municipal Djalma Marques. A convidada falou, entre outras coisas, sobre como funciona o programa de transplantes no Maranhão e no Brasil, país referência internacional nessa área. O programa é apresentado por Régina Santana e Josélia Fonseca.
De um doador, segundo ela, é possível obter vários órgãos e tecidos para realização do transplante. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos e tecidos provenientes de um mesmo doador.
Na maioria das vezes, de acordo com a convidada, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam da doação. Todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto.
Ela frisou que o Maranhão, no entanto, ainda não está em uma posição muito boa em relação a vários outros estados da federação. Além disso, explicou que a Central Estadual de Transplantes funciona dentro do Hospital Carlos Macieira e que nos hospitais há as Comissões Intra-Hospitalares de Transplantes. “Recentemente, inauguramos a Organização de Procura de Órgãos (OPO), que abrange uma quantidade maior de hospitais procurando órgãos e tecidos para transplantes”, informou.
A enfermeira também abordou a questão do tabu em relação a esse assunto, fato que dificulta muito o processo, além da falta de informação e de conhecimento. Heloísa Lima deu o exemplo dos hospitais Universitário Presidente Dutra (HUUFMA) e São Domingos, ambos em São Luís, que são unidades de saúde captadoras e realizadoras de transplantes.
Ela também deu vários exemplos de órgãos que podem ser doados, a exemplo da córnea. “Uma pessoa falecida pode salvar oito vidas. A córnea, por exemplo, pode ser doada em até seis horas após a parada cardiorespiratória”, explicou.
A convidada ainda falou sobre a questão do processo de adaptação, ou seja, o pós-transplante, e esclareceu que os pacientes ficam sendo acompanhados mensalmente. Ao término da entrevista, enfatizou a importância da doação. “Que as pessoas comecem a pensar sobre isso, pois a coisa mais certa da vida é a morte. Logo, a gente pode transformar essa morte em vida”, finalizou.