No dia das crianças, nada para a gurizada do Maranhão.

O governador Flávio Dino exalta sua gestão no dia de hoje como um bem feitor das crianças, como quem  tem programas sendo executados em benefícios dos baixinhos e baixinhas. Só se for em outro planeta ou no mundo virtual. Até agora, nadica de nada.

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No setor educacional, ainda amargamos os piores índices e continuamos com escolas públicas em condições precárias, algumas sem a completa merenda escolar e em outras nem um caroço de feijão, onde o estado assume o nível fundamental.

Nas escolas indígenas, o quadro é pior. Falta merenda, reforma, água e até transporte escolar, como se para o governo os pequenos índios não fossem crianças e nem pertencessem ao nosso território.

No setor de saúde pública, a miséria exala odor e descaso. Médicos pediatras estão atendendo só casos de urgência ou emergência. Consultas e exames estão parados em quase todo o Maranhão.

Além dos centros pediátricos quase parados, a falta de medicamentos. O que é pior: não tem leite especial e os pais que não têm condições de compra o Neocat, por exemplo, que custa os olhos da cara, os filhos com tolerância à lactose estão sofrendo.

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O governador alega sempre, como fez no horário eleitoral, ter atendido milhares de crianças com o Bolsa Escola. Um esmola de R$ 46 dada neste ano letivo para compra de materiais escolares. Coitado dos pais. Não compram nem uma mochila com a migalha. Seria, assim, uma ajuda de menos de R$ 4 por mês.

O maior problema que atinge as crianças no Maranhão é a verminose, causada pelo falta de água tratada e esgoto sanitário.

Para que se tenha ideia, aqui na capital, não tem água na maioria dos bairros, notadamente na periferia. Água, senhor governador, é saúde às crianças.

Nos lixões, crianças são encontradas catando latas velhas e outras acessórios para ajudar no sustento da família. Outras vendendo mercadorias ou pedindo esmolas nas rotatórias. E muitas morando em condições sub-humanas em favelas e palafitas.

O discurso do então candidato das mudanças sobre a situação das crianças pobre no Maranhão era verdadeiro. A comemoração de hoje, ao contrário, é uma grande mentira.