Correria, transferências imediatas, médicos e enfermeiras sem saber o que fazer, familiares atônitos e pacientes morrendo por falta de oxigênio. Foram oito que vieram a óbitos entre quarta-feira, Dia das Crianças, até sábado, 15, dia do professor. Esse quadro triste aconteceu no Hospital Getúlio Vargas, no João Paulo, que trata de doentes com HIV positivo e tuberculosos.
A denúncia foi feita ontem pela deputada Andréa Murad, a parlamentar que mais trata de problemas da Saúde na Assembleia Legislativa. Segundo ela, “de quarta, no feriado, até sábado, o Hospital Getúlio Vargas viveu momentos de terror, ocorreram 8 óbitos. Só na quinta, foram 5 mortes. Causa das mortes? Falta de oxigênio”.
A deputada explicou as informações recebidas por ela: “o que nos passaram é a incapacidade do sistema que fornece o oxigênio para os 16 leitos de UTI. E foi aquela correria. Médicos em desespero para transferir pacientes. Mais uma vez, vou pedir que a Central de Regulação de Leitos nos informe sobre a transferência de pacientes entre quarta e sábado e que nos forneça informações conforme relata o sistema, que deve constar lá: leitos bloqueados por falta de oxigênio”.
Andréa Murad lamentou que “a direção do hospital está agindo como se nada tivesse acontecendo. Isso precisa ser investigado, isso precisa ser esclarecido, isso precisa ser solucionado imediatamente”.