Referência do jornalismo em Imperatriz e um dos grandes resistentes da imprensa maranhense, O Progresso segue registrando com compromisso a história do nosso povo.
Há histórias que não cabem em manchetes. São construídas página por página, década após década, em meio ao cheiro de tinta fresca e ao ruído das máquinas que não dormem.
Na esquina onde o passado e o presente se encontram, o Jornal O Progresso completa 55 anos como testemunha silenciosa — e ao mesmo tempo vibrante — de Imperatriz e do Maranhão.
Tudo começou em 1968, quando o empresário José Matos Vieira e o jornalista Jurivê de Macedo decidiram que a região precisava de um farol. O Progresso nasceu como promessa da voz que não se cala.
Em 1978, um novo capítulo. Sergio Godinho, movido por um misto de desafio e devoção, assumiu o leme. Sabia que manter um jornal vivo em um país de realidades complexas era como navegar em mar revolto. Mas segurou firme. Hoje, ao lado de Sérgio Henrique, ele carrega adiante uma missão que vai além do negócio: é legado.
Nos corredores da redação, as paredes guardam memórias de quem transformou notícia em arte.
Jasmina, com sua precisão; Illya, das palavras certeiras; Coló, o poeta da coluna; Capijuba, guardião das imagens; Joaquim, Jorge Braga, Dema de Oliveira — nomes que se misturam às páginas como personagens e autores
Juntos, formam um organismo que respira notícia. E aqui, o jornalismo não é espetáculo. É serviço.
Como dizem os leitores fiéis: “Não leio por hobby, leio por necessidade”. O Progresso lembra que informar é um verbo ativo — e às vezes subversivo.
Cada reportagem crítica, cada investigação que expõe véus, cada editorial que cutuca o status quo reforçam um pacto invisível com a democracia.
Sim, democracia: essa palavra que alguns tratam como abstração, mas que, nas mãos de um jornal honesto, vira carne, vira rua, vira consciência.
Nestes 55 anos, o jornal aprendeu que sobreviver não é só resistir a crises financeiras ou à sedução do clickbait
Enquanto muitos veículos trocaram o interesse público pelo algoritmo, O Progresso segue como um “registrador de histórias” que não teme perguntar, mesmo quando as respostas são incômodas.
O futuro? Imprevisível. Mas há uma certeza: enquanto houver repórteres com cadernos rabiscados, diagramadores que apostam na beleza das letras, e leitores que ainda acreditam no poder de uma pergunta bem-feita, o jornalismo seguirá sendo a primeira versão da história — e a melhor delas.
Que venham mais 55. De tinta, de papel e, principalmente, de caráter.
