Câmara cobra reativação do programa de bolsa universitária

Há oito anos paralisado em decorrência de uma suposta dívida na

contrapartida da Prefeitura com as universidades privadas

conveniadas, o Programa Municipal de Bolsas de Estudos foi

criado em 2006 e suspenso durante os dois mandatos do ex-
prefeito Sebastião Madeira (PSDB).

A denúncia foi feita no Plenário da Câmara Municipal pelo

vereador Rildo Amaral (Solidariedade). “A lei existe e tem oitos

anos que essas bolsas não são utilizadas. O prefeito Madeira

alegou que o ex-prefeito Ildon tinha deixado um débito de quase 1

milhão e meio de reais e por isso era inviável naquele momento [a

continuidade do programa]”.

“Teoricamente, o débito existe porque é troca de imposto. O

município arrecada e abate no ISS das universidades

conveniadas”, acrescenta o vereador.

Segundo ele, “as universidades estão com as salas vazias e

muitos pais de família sonham em formar seus filhos, inclusive um

dos critérios da lei é de que sejam pessoas de baixa renda e o

programa foi feito para isso e funcionou, apesar de algumas

falhas”.

Irregularidades

Ao defender a volta do programa, Rildo Amaral não deixou porém

de fazer críticas e até denunciou supostas irregularidades durante

na execução da lei que criou o programa.

“O Município de Imperatriz ‘formou’ dezenas de pessoas com essa

lei, mas o artigo 3o [da lei] não foi respeitado. O artigo diz que os

beneficiários, ao final de seus cursos, devem prestar serviços

gratuitos ao Municípios dentro de suas áreas de formação e isso

nunca aconteceu”, atesta.

Rildo também denuncia que pessoas fora do critério social de

seleção foram beneficiadas pelo programa. “Tinha empresário com

três filhas estudando. A grande maioria das bolsas eram pra

pessoas que não passvam nesse critério. Além de terem cometido

essa irregularidade, ainda não vieram prestar po serviço gratuito

ao Município. Esperamos que esses erros sejam corrigidos”.

A lei

O Programa Municipal de Bolsas de Estudos foi instituído pela lei

1.150/2006 e é destinado a alunos comprovadamente desprovidos

de recursos para financiá-lo e servidores públicos municipais.

A Secretaria Municipal de Educação é responsável pelo

acompanhamento e fiscalização do programa.

Os formandos, em contrapartida, devem cumprir dois anos de

serviços gratuitos ao Município ao final dos cursos em suas

respectivas áreas.

Foto: Divulgação

Texto: Carlos Gaby