A informação está publicada no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2017, cruzada pelo ATUAL7 com os PLOAs de 2016 e 2015.

De acordo com os documentos, em 2015, primeiro ano de governo do comunista, a Secretaria de Estado da Mulher (Semu) possuía o orçamento de R$ 3,740 milhões. Em 2016, o Orçamento para a Semu chegou a ter destinado mais recursos, ficando em R$ 9,041 milhões. Contudo, em 2017, em vez de continuar priorizando a importante pasta, o governador do Maranhão promoveu um super corte, e resolveu destinar apenas R$ 3,430 milhões para a Mulher.

Para efeito de comparação, a diferença em relação ao dinheiro destinado para a Semu no primeiro ano do governo Flávio Dino é de pouco mais de R$ 300 mil; e em relação ao segundo ano de governo é de mais de R$ 5,6 milhões. A pasta tem como chefe a pedagoga Laurinda Pinto.

Já a Comunicação, que também exerce as atividades de Articulação Política e tem como comandante o presidente estadual do PCdoB e pré-candidato a deputado federal Márcio Jerry Barroso, recebeu prioridade do Palácio dos Leões, restando apenas um ano para as eleições de 2018.

Em 2015, a então Secretaria de Estado da Comunicação Social (Secom) possuía o já torrador orçamento de R$ 49,225 milhões. Em 2016, ano em que, estrategicamente, a extinta Secom fundiu-se com a também extinta Secretaria de Estado de Assuntos Políticos e Federativos (Seap) e transformou-se na gigantesca Secretaria de Estado da Comunicação e Articulação Política (Secap), o orçamento das duas pastas, somados, alcançou o valor de R$ 50,590 milhões. Já em 2017, ano pré-eleitoral, o valor destinado por Flávio Dino para gastos com a pasta que promove a publicidade e propaganda da máquina comunista é de nada menos que R$ 58,916 milhões.

A diferença de orçamento disponível para as pastas da Comunicação e da Mulher, para este ano, é de absurdos R$ 55,486 milhões.

Prioridade pré-eleitoral

No final de 2016, durante a aprovação do PLOA 2017 em sessão relâmpago na Assembleia Legislativa do Maranhão, os deputado estaduais Wellington do Curso (PP) e Adriano Sarney (PV) chegaram a apresentar emendas ao Orçamento para que fosse retirada parte gorda do dinheiro destinado por Flávio Dino para gastos com a Comunicação em 2017, e remanejados para ações da Secretaria estadual da Mulher, além de esportes, infraestrutura, educação e outros setores mais importantes e que realmente beneficiariam a população.

Contudo, sob a promessa de que receberiam R$ 1 milhão caso aprovassem o projeto do governo sem emendas e atrapalhos como ocorreu nos anos anteriores, a base comunista no Legislativo estadual rejeitou todas as propostas feitas pelos dois parlamentares.