Uma paciente de 15 anos que precisava de socorro médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Araguaína, norte do Tocantins, teve que esperar por 12 horas deitada no chão para ser atendida. Valéria Ribeiro Silva tem anemia falciforme, uma doença sanguínea que causa dores nos ossos e no corpo. Ela chegou na UPA do setor Araguaína Sul por volta das 10h e só foi atendida perto das 23h.
O primo de Valéria, Daniel da Silva Guimarães, que a levou ao pronto socorro, ficou indignado com a demora. “Eu fui na triagem, vim aqui na recepção, disse que não pode fazer nada, que é a médica que tem que chamar, então elas não podiam fazer nada. E ela tá dando crise, uma crise atrás da outra que ela tem anemia falciforme. E aí eu não sei aonde recorrer”, contou ele.
Valéria não foi a única. Outros pacientes que procuraram atendimento também tiveram que esperar por várias horas. A aposentada Luiza Mendonça reclamou da falta de informações. “Ela só falou que iria demorar porque tinha muita gente, mas desde 9h até agora nada”, comentou.
A UPA diz que a demora no atendimento foi causada por uma demanda acima do que é normal durante a sexta-feira (17). A unidade disse que vai apurar individualmente os casos que foram mostrados na reportagem. Não foi divulgada a quantidade de médicos de plantão no local e nem o número de atendimentos realizados na sexta.