A pequena Maria Júlia de Araújo Cavalcante veio ao mundo há apenas 24 dias, mas já enfrenta uma grande batalha para assegurar o direito à vida. Ela nasceu no último dia 03 de março no Hospital Regional de Augustinópolis, no norte do Estado, e foi transferida para a UTI do Hospital Materno Infantil de Imperatriz (MA) após os médicos constatarem um quadro de cardiopatia congênita complexa.
Segundo o laudo médico, o caso é grave e necessidade de atendimento especializado urgente. Exames apontaram que a criança nasceu com uma limitação na abertura da válvula pulmonar, que permite o bombeamento do sangue entre o coração e o pulmão.
Ainda no laudo, o cardiologista alertou para o iminente risco de fechamento do canal e lembrou que não há equipe especializada no hospital maranhense.
O pai da criança, José de Ribamar Carvalho Júnior, acompanha o caso angustiado. Ele contou que Maria Júlia respira com muita dificuldade e o remédio que mantém a veia aberta à passagem sanguínea não está mais surtindo efeito.
No desespero, os familiares já pediram ajuda até mesmo a deputados federais e estaduais do Tocantins, mas nada foi resolvido.
Resposta oficial do Tocantins
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde disse que o Serviço de Regulação do Tocantins ainda não recebeu solicitação, via documento oficial, para que inicie a busca por vaga para atender a menor.
A nota diz que o documento é necessário para que seja feito cadastro na Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC), segundo preconiza o Ministério da Saúde.
Maranhão
O pai da criança informou que a Justiça maranhense concedeu decisão liminar, nesta segunda (27), a pedido da Defensoria Pública, determinando ao Governo do Maranhão que providencie atendimento especializado à criança. Contudo, ele lamenta que isso não garante a solução do caso, pois muitas decisões são descumpridas pelo Governo.
A reportagem está tentando contato com a Secretaria de Saúde do Maranhão.