No Brasil, segundo dados produzidos pelo Ministério da Saúde e o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (2015), o
diabetes atinge pelo menos 6,2% da população, o que
corresponde a 9 milhões de pessoas. Em Imperatriz, não há dados
disponíveis, mas se o índice de incidência for igual ao índice
nacional, temos mais de 15 mil pessoas com a doença, que atinge
mais mulheres que homens.
Os dados preocupam o vereador José Arimatheia Ditola (PEN). Na
sessão desta terça-feira, 4, da Câmara Municipal, ele teve
indicação aprovada que solicita ao prefeito Assis Ramos e ao
secretário de Saúde do Município, Alair Firmiano, a criação de um
Centro de Atendimento às Pessoas com Diabetes.
“O diabetes já se tornou um problema de saúde pública, por isso
os órgãos governamentais de saúde devem oferecer atendimento
especializado às pessoas que têm a doença. É o mínimo que se
pode fazer, facilitando o acesso a consultas, exames e ao
atendimento de equipes multidisciplinares”, justifica o vereador.
Atendimento especializado
Segundo o vereador, o atendimento às pessoas com diabetes
seria mais adequado se todas as ações de prevenção e
tratamento estivessem disponibilizadas em um local especializado.
“Um Centro de Atendimento às Pessoas com Diabetes, o que já
ocorre em diversos municípios brasileiros, como é o caso de
Curitiba, no Paraná, e Feira de Santana, na Bahia”, complementa
O Centro de Atendimento às Pessoas com Diabetes de Imperatriz,
defende Ditola, deve contar com uma equipe multidisciplinar de
saúde composta por clínicos, endocrinologistas, pediatras
endocrinologistas, geriatras endocrinologistas, nutricionistas,
nefrologistas, oftalmologistas, enfermeiros e técnicos em
enfermagem.
A doença
O diabetes se constitui como uma doença crônica metabólica
caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. O distúrbio
acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir insulina em
quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo.
A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar
que está presente no sangue possa penetrar as células, para ser
utilizado como fonte de energia.
Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas, a tendência é aumentar este índice em todas
as faixas etárias.
Estudo divulgado em 2016 pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), diz que o diabetes é responsável pela morte de 72.200
brasileiros por ano, o que corresponde a 6% de todas as mortes.
Texto: Carlos Gaby/Assimp
Foto: Divulgação