Projetos de reforma propostos pelos proprietários não saem das mesas dos técnicos do Instituto.
Consequências tem sido devastadoras.
POR FERNANDO ATALLAIA
DIRETO DA REDAÇÃO
Uma grave denúncia chegada à redação da Agência de Noticias Baluarte esta semana dando conta de que os projetos de restauro propostos pelos proprietários de prédios tombados no Centro Histórico de São Luís, amargam morosidade no andamento de autorizações para reforma dos casarões históricos repercute no segmento cultural do Maranhão e põe, por mais uma vez, em xeque a gestão do Instituto Histórico e Artístico Nacional-IPHAN à frente do problema.
O fato se deve à lógica adotada pelo Instituto que ao longo dos últimos 12 anos vêm apenas cumprindo a praxe administrativa de escritório, voltada para a execução de procedimentos burocráticos de repartição. Mas nem isso: os casarões e demais imóveis pertencentes ao Patrimônio Histórico do qual o IPHAN é responsável, estão em visível processo de deterioração e no período chuvoso atual tendem a ruir completamente. Donos de imóveis localizados no Centro Histórico afirmam que a responsabilidade pela decrepitude instalada no Centro é consequência da não atuação dos técnicos do Instituto que não emitem parecer sobre as solicitações enviadas.
O fato se deve à lógica adotada pelo Instituto que ao longo dos últimos 12 anos vêm apenas cumprindo a praxe administrativa de escritório, voltada para a execução de procedimentos burocráticos de repartição. Mas nem isso: os casarões e demais imóveis pertencentes ao Patrimônio Histórico. |
Nas últimas semanas, polêmicas envolvendo o modelo administrativo adotado pelo IPHAN no Maranhão nos últimos 12 anos revelou a insatisfação de grande parte da população maranhense que aponta como retrógrada, politiqueira, descompromissada e ausente as gestões do órgão no estado. Artistas, historiadores, produtores culturais e pesquisadores da área também cobram a entrega de obras em atraso. O Instituto não se pronuncia.
Maior conjunto arquitetônico colonial do mundo, mas abandonado e em estágio avançado de destruição, os casarões do Centro Histórico de São Luís são os únicos entre as cidades históricas tombadas no País em situação de extremo abandono, e requerem cuidados emergenciais. Segundo especialistas da área, o diálogo pelo enfrentamento da total dizimação do Centro na capital maranhense vem enfrentando obstáculos devido às nomeações políticas grosseiras indicadas ao IPHAN. Em mais de uma década nada de estrutural foi feito que combatesse tais práticas.
As consequências tem sido devastadoras.