O ex-prefeito de Goiatins Vinicius Donnover Gomes (PSC) foi recebido com festa na cidade após ser solto depois de 10 meses preso em Araguaína. O político foi apontado pela Polícia Federal como líder de uma quadrilha de desvio de recursos públicos que foi descoberta na operação Bragation, deflagrada em julho de 2016.
Donnover foi solto após o Tribunal de Justiça do Tocantins conceder a liberdade provisória dele. Ele pagou fiança de R$ 50 mil. Em setembro de 2016 a corte já havia estabelecido fiança para a soltura do ex-prefeito, mas o valor determinado na época era de R$ 300 mil e os advogados de defesa alegaram que ele não tinha como pagar. Ele foi solto na noite desta quinta-feira (25) e recebido com fogos de artifício pelos apoiadores.
Segundo a Polícia Federal, a suspeita é que os prejuízos causados aos cofres da União sejam de aproximadamente R$ 10 milhões. A mulher de Donnover, Sandra Sueli, também foi presa na operação. A polícia disse que durante as investigações foram constatados diversos crimes, como desvio de recursos públicos, crimes eleitorais, fraudes em licitações, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A PF disse que a organização atuou durante todos os anos da gestão de Donnover, entre 2012 e 2016. No dia em que a operação foi deflagrada, em 27 de julho, foram cumpridos 60 mandados judiciais no Tocantins e no Maranhão. Deste total, nove eram de prisão preventiva e quatro de prisão temporária, mas nenhum dos suspeitos continua preso.
Eles teriam falsificado contracheques de servidores conhecidos como “laranjas”, e utilizado os documentos para a obtenção de empréstimos consignados em instituições financeiras. Na maioria dos contracheques falsificados constava o cargo de professor de nível fundamental, cujos salários são pagos com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação