Extinguem-se as notinhas e a “queimação” de peças e pneus
Um dos maiores sangradouros do dinheiro público está na administração da frota de veículos. São as notinhas de combustíveis sem o devido controle da quilometragem (e até a possibilidade de abastecimento de carros de terceiros), troca de peças, idas desnecessárias às oficinas e o sumiço de pneus, gerando rombos na administração numa das modalidades mais recorrentes de roubos do dinheiro do povo.
Pensando em economizar e estender a moralidade a um dos itens mais promíscuos da gestão, o prefeito Assis Ramos, PMDB, determinou a adesão da Secretaria da Administração ao sistema que já controla frotas como as da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. “Os trâmites legais estão sendo concluídos e dentro de poucos dias o imperatrizense se livrará de mais uma possibilidade perigosa de subtração dos seus recursos” – comemorou Ramos.
São cerca de 250 veículos na frota do município, dentre unidades próprias e alugadas. Só na Saúde, são 84 carros, dentre os quais as ambulâncias do SAMU. Daqui por diante cada uma terá uma espécie de cartão de crédito individual, intransferível, através do qual se fazem abastecimentos, troca de peças e manutenção. Tudo que for feito de despesa ficará patenteado, sem brecha para fraudes ou desvios, porque a auditoria se dará automática e permanentemente.
Extinguem-se as notinhas de abastecimento, aquelas que poderiam ser facilmente burladas, porque não fica documentado em que tanque foi colocado o combustível autorizado no papel. Acaba também com o esquema do dinheiro para abastecer nas estradas, quando em viagem, porque, através do “cartão de crédito” abastece-se, de forma documentada, “on-line”, em qualquer posto credenciado pela rede operadora, no Brasil inteiro.
O prefeito Assis Ramos disse que a busca da eficiência, pela economia e moralidade, “vai fazer com que o dinheiro da Prefeitura renda muito mais e de forma transparente. Vamos mostrar claramente os níveis de redução de gastos que estamos estabelecendo e dizer com para onde vamos direcionar esse dinheiro resgatado dos ralos do desperdício. Está sendo assim com o lixo, nessa nossa luta para sairmos de um modelo ilegal, sem licitação, acima dos R$ 300 mil a mais por mês” – assegurou.