A Polícia Civil vai investigar a origem do dinheiro apreendido em uma mala de posse de dois homens presos na madrugada desta segunda-feira, 24, em Araguatins. Eles foram presos tentando subornar um policial militar para que não os encaminhasse à delegacia após o flagrante.
A dupla foi flagrada por uma viatura da Polícia Militar (PM) que realizava patrulhamento de rotina. Eles estavam em uma caminhonete Hillux prata por volta da 1 hora da madrugada estacionada na BR-230, mais conhecida como Rodovia Transamazônica. “Ao serem abordados, eles demonstraram nervosismo, o que chamou a atenção na hora”, disse o subtenente da PM Edinam.
Na vistoria do veículo os policiais encontraram uma bolsa com mais R$ 50 mil em dinheiro e cheques. O motorista Clayton Canedo de Carvalho disse que seu celular estava em um posto de gasolina e que precisava buscá-lo. “Destaquei um soldado para acompanhá-lo mas neste trajeto ele abordou o soldado oferecendo dinheiro para resolver ali mesmo e não levar o caso até a delegacia”, explicou o subtenente Edinam.
Questionados sobre a origem e para que usariam o dinheiro, Clayton e Luciano Mile de Carvalho, dono da mala, informaram que iriam comprar bebida. “Eles estavam só com a roupa do corpo, sem bagagem, dizendo que estavam indo de Goiás ao Pará, mas pela quantidade de lama que o carro tinha, vindo de Goiás eles não pegariam estrada ruim, então acreditamos que eles estavam vindo do Pará, sentido a Goiás”, disse o subtenente, acrescentando que o veículo constava como objeto de restrição judicial, possivelmente por se tratar de um veículo finan.
Mala
Conforme informado pela PM, na bolsa continha R$ 49 mil em espécie e um cheque no valor de R$ 1.480. Uma das notas da bolsa continha manchas de tinta rosa, similares a tinta usada em dispositivos de segurança de cofres de terminais de autoatendimento.
Questionado sobre a mancha, Luciano disse que recebeu a nota de um banco. Ambos foram encaminhados à delegacia da cidade mas, segundo a Polícia Civil, somente Clayton permanece preso na cadeia de Araguatins. Luciano foi liberado. O caso será investigado para descobrir a origem do dinheiro da mala, que está apreendido e foi encaminhado para a perícia.
Previstos no artigo 317 do Código Penal, os crimes de corrupção passiva e ativa têm pena de reclusão de dois a 12 anos mais multa.