Sebrae lança e-book sobre soluções de crédito para MPEs

Documento traz linhas de crédito disponibilizadas por cinco bancos e dá
orientações. Pesquisa mostra que 60% dos pequenos negócios que buscaram empréstimo tiveram crédito negado. A pesquisa também revela que a maioria dos empresários ainda não conhecem as linhas de crédito
disponibilizadas para enfrentamento da crise.

O Sebrae no Maranhão lançou um e-book para orientar os empresários de
micro e pequenas empresas maranhenses que buscam soluções de crédito
para enfrentar a crise provocada pelo novo Coronavírus. Trata-se do
e-book “Soluções de crédito para enfrentar a crise”, que está disponível
na internet.

Com 26 páginas, o e-book traz o que os bancos públicos e privados que
atuam no estado estão oferecendo em produtos financeiros em apoio às
empresas em face a pandemia. No documento, estão 22 opções de linhas de
crédito oferecidas por cinco instituições: Banco do Brasil, Caixa
Econômica, Banco do Nordeste, Santander e Ceape.

“Fizemos este documento para ajudar o empreendedor a encontrar a linha
de crédito que melhor se adapta ao seu negócio. Reunimos informações,
orientações úteis sobre cada linha de crédito oferecido pelas
instituições financeiras que atuam em parceria com o Sebrae”, comentou a
gerente de gestão de Soluções Empresarias do Sebrae no Maranhão, Keyla
Pontes.

O e-book pode ser baixado gratuitamente no endereço
https://bit.ly/solucoes_credito. “Se mesmo assim, o empreendedor ainda
tiver dúvidas e quiser uma consultoria, o Sebrae disponibiliza 46 salas
de atendimento virtual para realização de consultoria em cinco temas.
Finanças é exatamente um desses temas”, completou Keyla Pontes.

O empreendedor que estiver interessado em receber a consultoria pode
acessar esta ferramenta e marcar uma consultoria virtual pelo telefone
0800 570 0800 ou pelo whatsapp  (98) 999912335.


PEDIDOS

Pesquisa realizada pelo Sebrae mostrou que  a maioria (60%) dos donos
pequenos negócios que já buscou crédito no sistema financeiro desde o
início da crise do Coronavírus teve o pedido negado. E ainda há bastante
desconhecimento dos empresários a respeito das linhas de crédito que
estão sendo disponibilizadas para evitar demissões (29% não conhecem as
medidas oficiais e 57% apenas ouviu falar a respeito). Esses dados foram
revelados pela segunda pesquisa “O impacto da pandemia do coronavírus
nos pequenos negócios”, realizada pelo Sebrae entre os dias 3 e 7 de
abril.

O levantamento, que ouviu 6.080 empreendedores de todo o país, mostrou
que além da dificuldade de acesso a crédito, os pequenos negócios também
enfrentam queda no faturamento. Quase 88% dos empresários ouvidos viram
seu faturamento cair (a perda foi de 75% em média) e a estimativa é que
as empresas consigam permanecer fechadas e ainda assim ter dinheiro para
pagar as contas por mais 23 dias (expectativa média dos entrevistados).
De acordo com a pesquisa do Sebrae, a situação financeira das empresas
já não era considerada boa pela maioria dos pequenos negócios (73%
disseram que era razoável ou ruim), mesmo antes da chegada da pandemia.

O estudo mostrou também que mais de 62% dos negócios interromperam
temporariamente as atividades ou fecharam as portas definitivamente.
Entre os 38% que continuam abertos, a maioria mudou o seu funcionamento,
passando a fazer apenas entregas, atuando exclusivamente no ambiente
virtual ou adotando horário reduzido. Segundo a pesquisa, nos últimos 15
dias, cerca de 18% dos empresários entrevistados demitiram funcionários.


GARANTIA

Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o levantamento confirma a
importância das medidas que vêm sendo anunciadas pelo governo nos
últimos dias, em especial a alavancagem que a instituição está fazendo
no Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Nos próximos
três meses, o Sebrae vai destinar pelo menos 50% da sua arrecadação,
para ampliar o crédito aos pequenos negócios. A operação de socorro deve
começar com R$ 1 bilhão em garantias, o que viabilizará a alavancagem de
aproximadamente R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios.

“Um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios ao crédito é
a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse
sentido, o Fampe funciona como um salvo-conduto, que vai permitir aos
pequenos negócios, incluindo até o microempreendedor individual, obterem
os recursos para capital de giro, tão necessários para atravessarem a
crise provocada pela pandemia do Coronavírus, mantendo os negócios e os
empregos”, explicou Carlos Melles.