Novo planeta-anão com órbita gigante é descoberto para lá de Netuno.

As crônicas de gelo e rocha: o planetinha está tão longe do Sol que o frio o transforma no “fóssil” perfeito para estudar o Sistema Solar

A classificação de planeta-anão surgiu em 2006, depois que Plutão foi “desclassificado” da lista dos planetas oficiais. Na lista reconhecida pela União Astronômica Internacional, eles são cinco – mas cientistas no Havaí acreditam que acharam mais um.

A maioria dos planetas-anões orbita a periferia do Sistema Solar, e está mais longe do Sol que Netuno. O novo objeto celeste fica a 9 bilhões de km da Terra e recebeu o nome provisório de 2015 RR245. Ele é grande para um planeta-anão: com cerca de 700 km de diâmetro, tem 1/3 do tamanho de Plutão. Também é muito brilhante, o que facilita o estudo da sua estrutura.

A classificação de planeta-anão surgiu em 2006, depois que Plutão foi “desclassificado” da lista dos planetas oficiais. Na lista reconhecida pela União Astronômica Internacional, eles são cinco – mas cientistas no Havaí acreditam que acharam mais um.

A maioria dos planetas-anões orbita a periferia do Sistema Solar, e está mais longe do Sol que Netuno. O novo objeto celeste fica a 9 bilhões de km da Terra e recebeu o nome provisório de 2015 RR245. Ele é grande para um planeta-anão: com cerca de 700 km de diâmetro, tem 1/3 do tamanho de Plutão. Também é muito brilhante, o que facilita o estudo da sua estrutura.

O RR245 foi observado pela primeira vez em setembro de 2015, no Havaí, mas só agora, quase um ano depois, os cientistas têm dados suficientes para começar a entender sua órbita. Eles estimam que o novato leve 700 anos para dar uma volta ao redor do Sol – uma das maiores órbitas já encontradas para um planeta-anão. Em 2096, ele deve estar na posição mais próxima possível do Sol mas, do lado oposto da sua trajetória, o planetinha fica 120 vezes mais longe do Sol do que a Terra.

Os pesquisadores acreditam que o RR245 seja coberto de nitrogênio e gelo e talvez contenha monóxido de carbono. Como fica extremamente longe do Sol, o planeta têm uma temperatura perto dos -220ºC. O frio é perfeito para preservar a composição original da superfície – que funciona mais ou menos como um fóssil – e pode trazer informações importantes sobre as origens do Sistema Solar.

Para ser considerado um planeta-anão, o objeto celeste precisa 1) orbitar o Sol; 2) ter massa suficiente para ter uma forma arredondada; 3) não ser um satélite, ou seja, uma Lua de outro planeta; 4) ser pequeno demais para que a sua gravidade afete a vizinhança como um planeta normal faria.

O RR245 cumpre esses quesitos, mas a União Astronômica Internacional quer que sua órbita seja observada por mais alguns anos para adiciná-lo oficialmente à lista dos planetas-anões. Quando os astrônomos tiverem mais certeza de como classificá-lo, o novo objeto deve ganhar um nome de verdade, que precisa ser votado por um conselho da União.

Uma das condições é que o nome tenha origens mitológicas, como os outros planetas-anões: Plutão é o equivalente romano do deus grego Hades, Ceres é a deusa da colheita, Haumea é o nome da deusa havaiana do nascimento e da fertilidade, Makemake é a deusa da fertilidade da mitologia polinésia e Éris é a deusa grega da discórdia – porque foi ela que começou a discussão que levou ao rebaixamento de Plutão.