O deputado estadual Adriano Sarney (PV) criticou duramente a base governista na Assembleia Legislativa, que tentou desqualificar as denúncias publicadas na imprensa sobre irregularidades na área da Saúde no governo Flávio Dino (PCdoB), nesta quarta-feira (16). O parlamentar defendeu a liberdade de imprensa e afirmou que governo atual tenta de forma ditatorial controlar a mídia e esconder as suas mazelas.
“Tentar cercear a liberdade de imprensa é se dobrar ao padrão autoritário do governo comunista que se impôs no Maranhão, mas que o povo não aguenta mais”, disse Adriano. Ele relembrou que a liberdade de imprensa, que o Brasil dispõe atualmente, é fruto da luta de grandes personalidades políticas como o ex-presidente José Sarney, do esforço pela transição do regime ditatorial para a Democracia e o pluripartidarismo, com a consequente legalização de partidos de esquerda como o PCdoB de Flávio Dino, além do processo que resultou na Constituição de 1988.
“Se não houvesse liberdade de imprensa, hoje, não haveria, por exemplo, a Operação Lava Jato como aí está; a classe política não teria um agente fiscalizador atento que é a imprensa; não haveria progresso nem democracia no nosso país”, declarou Adriano, ressaltando que durante o governo Roseana Sarney, ao contrário do que o governo comunista tenta fazer crer, a imprensa não era constrangida por tecer críticas ou fazer denúncias. Em complemento, o deputado reconheceu a importância histórica dos jornais impressos como O Estado, O Imparcial e Jornal Pequeno, além das redes de rádio e de televisão maranhenses.
Adriano, por fim, ainda mandou um recado para o governo: “Em vez atacar o mensageiro (a imprensa), proponha soluções para problema. Explique esse contrato de um imóvel particular, gastando mais de R$ 2 milhões com aluguel enquanto se promoviam reformas para a instalação de uma unidade de saúde, conforme foi denunciado na imprensa no Estado e em âmbito nacional”, pontou, ressaltando ainda a sua reprovação aos ataques dos governistas à Rede Globo e ao jornalista Chico Pinheiro, que divulgou reportagem abordando o escândalo.