Presidente da Federação Maranhense de Futebol aguarda informações sobre a investigação, que aponta o Campeonato Maranhense com suspeita de manipulação.
Após o Campeonato Maranhense ser apontado, pela Operação Game Over, como um dos torneios com suspeita de resultados fraudados em 2015, o presidente da Federação Maranhense, Antônio Américo, falou sobre as investigações na tarde desta sexta-feira. O cartola da entidade que rege o futebol no Estado explicou que aguarda informações da Federação Paulista e salientou que não houveram resultados atípicos no Estadual de 2015.
– Já entramos em contato com a Federação Paulista, que é o principal foco e eles ainda não tiveram acesso a nada. Nós vamos mandar para São Paulo o nosso representante jurídico, o Márcio Biguá, para saber o quem são os supostos envolvidos nessa fraude. Vamos apurar e o que for detectado, dessa suposta fraude, encaminharemos aos órgãos competentes, no caso o Ministério Público e a Justiça Desportiva. A Federação não poderá tomar nenhuma medida. Quem poderá punir essas pessoas e clubes é o TJD e, na esfera criminal, o Ministério Público. Não é uma compra de um clube. É uma compra pontual de goleiro para falhar, um zagueiro para cometer um pênalti. No Campeonato Maranhense não teve resultado atípico.
O Campeonato Maranhense de 2015 foi disputado com a participação de Moto, São José-MA, Imperatriz, Sampaio, Santa Quitéria, Araioses, Cordino, Balsas e Expressinho. O Imperatriz terminou como o campeão, após vencer o Sampaio na decisão, enquanto o Expressinho foi rebaixado.
Além de aguardar informações sobre a investigação, Antônio Américo também afirma que não há como realizar um trabalho de prevenção.
– Não tem como prever. São atos que são feitos na calada. É um crime de detecção muito difícil.
Operação Game Over
Desde a última quarta-feira, sete pessoas já foram presas em São Paulo, Rio de Janeiro e no Ceará. Empresários e jogadores são suspeitos de participar do esquema que envolvia o pagamento de $ 20 mil a $ 30 mil, para jogadores ou dirigentes.
A investigação durou cinco meses e apurou que o placar era manipulado para beneficiar apostadores asiáticos, que faziam apostas pela internet. A propina para pagar os técnicos e jogadores vinha de bolsas de apostas da Indonésia, Malásia e China.O esquema era chefiado por um agenciador carioca e um ex-jogador de futebol que atuou na Indonésia.