A liraglutida é também a base do medicamento Victoza, já utilizado no Brasil para tratar diabete tipo 2. Ambos são produzidos pelo laboratório dinamarquês Novo Nordisk. O Saxenda imita a ação de uma substância naturalmente produzida pelo corpo, a GLP1, que reduz o apetite.
Até então, só havia no Brasil dois remédios aprovados para o tratamento da obesidade: a sibutramina e o orlistar, registrados pela Anvisa em 1998. A Anvisa destaca que o fármaco é um tratamento “auxiliar” para o controle do peso em adultos e, sendo assim, é preciso associá-lo a uma dieta baixa em calorias e à prática regular de exercícios físicos. A segurança do produto continuará sendo monitorada com estudos pós-comercialização, informou a agência.
O GLP-1 é um regulador fisiológico da ingestão de calorias. Seu receptor está presente em várias regiões do cérebro envolvidas com a regulação do apetite. O remédio é recomendado para adultos com IMC maior que 30 – porém, se houver outro problema de saúde relacionado ao excesso de peso (como diabete ou hipertensão), pode ser utilizado em pessoas com IMC acima de 27.