O senador Randolfe Rodrigues (Sem Partido) está acostumado a ter todos seus desejos atendidos imediatamente.
Pouco afeito à política, qualquer resistência que ele encontre ao invés de recorrer à argumentação ou a negociação republicana legitima, normal no parlamento, Randolfe prefere atravessar a Praça dos Três Poderes e levar os problemas legislativos para o STF.
Essa pratica recorrente acabou por desmoralizar o legislativo, relegando-o a um segundo plano, quase irrelevante.
No Twitter, Randolfe disse que, junto a todas as instâncias do governo federal, irá lutar contra a decisão de Marina sobre o processo de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.
O foco central do debate é uma nova bacia de petróleo com um potencial para gerar 30 bilhões de Barris de petróleo ou 200 bilhões de dólares por ano, segundo as projeções mais otimistas. Porém essa reserva está a 500 km da Foz do Rio Amazonas, são águas profundas e pouco exploradas.
“A decisão do Ibama contrária a pesquisas na costa do Amapá não ouviu o governo local e nenhum cidadão do meu estado. O povo amapaense quer ter o direito de ser escutado sobre a possível existência e eventual destino de nossas riquezas, junto a todas as instâncias do governo federal, reuniremos todos aqueles que querem o desenvolvimento sustentável do Amapá, para de forma técnica, legal e responsável lutarmos contra essa decisão”, reclamou Randolfe. (dá vontade de falar: faz o ‘L’ Randolfe?).
O mimado senador se surpreendeu ao trombar com a muralha de ignorância representada pela ministra do meio ambiente, Marina Silva.
A palavra final dada por Marina Silva e pelo presidente do Ibama, o ex-prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho que não entende nada de petróleo ou de reservas minerais, muito menos da mudança de patamar geopolítico que uma nova fonte de petróleo dessa magnitude significaria para o Brasil. Sem falar da montanha de reservas em dólar que serão injetados em nossa economia.
Marina não é capaz de ouvir nem os argumentos de outro radical de esquerda como Randolfe, o que dirá de um empresário ou de um deputado de oposição.
E tem mais, pelas novas descobertas de jazidas de Petróleo na Venezuela e no Suriname, tudo indica que o Brasil também pode encontrar petróleo em terra firme, no estado do Amazonas e no Amapá. Será que vamos assumir uma postura altiva no cenário internacional e nos tornar, finalmente, uma potência no cenário global ou vamos continuar agachadinhos, esperando as migalhas da União Europeia e dos Estados Unidos.
E tudo isso depende dos recalques e confusões mentais da fraquíssima ministra Marina Silva.
Fonte: Jornal da cidade online